Começamos a divulgar o gabarito elaborado pelos nossos professores da prova de hoje da EPCAr.
VERSÃO C - MATEMÁTICA:
33) C
34) D
35) D
36) B
37) B
38) A
39) D
40) A
41) A
42) C
43) B
44) B
45) C
46) C
47) A
48) B
Língua Portuguesa:
GABARITO – PORTUGUÊS – VERSÃO C – EPCAr - 2021
1. C
2. B
3. A
4. C
5. A
6. C
7. B
8. D
9. A
10. A
11. C
12. A/C
13. B
14. D
15. D
16. B
Quanto ao português, pode-se dizer que foi uma prova tranquila. Como de hábito, os textos que servem como base a partir da qual são formuladas as questões de gramática e as de interpretação, buscam explorar problemas candentes ao tempo presente. Nesta edição, é trazido à baila o problema do consumismo.
Tal problemática é tratada pela pena do poeta Carlos Drummond de Andrade, em seu “Eu, Etiqueta”, publicado no livro “Corpo”, de 1984. Além desse poema, a banca ainda lançou mão de outros textos. Um deles (“Consumismo: impactos para o bolso e para o planeta”), de Carlos Eduardo Costa, explora o consumismo em relação aos prejuízos ambientais e econômicos. O penúltimo, um trecho de uma entrevista feita ao professor italiano Nuccio Ordine, veiculada no jornal “O Globo”, apresenta sua investigação sobre o avanço dessa mentalidade na esfera do conhecimento. Afirma o filósofo não ser possível que “a única coisa que não pode ser comprada é o saber”. Dessa entrevista é que parte o tema da redação: “Um mundo que nos obriga a viver na dor é um mundo possível?” Por fim, um texto misto, com linguagem verbal e não-verbal apontou ao candidato uma das consequências do consumismo desenfreado: a fome.
Vale lembrar que tais textos também funcionam na prova como apoio argumentativo para produção da dissertação. Apesar de ter afirmado há pouco ter sido uma prova tranquila, é importante notar uma ressalva quanto à questão 12 (“Sobre o título do manifesto escrito por Nuccio Ordine ‘A utilidade do inútil’”), da versão C: houve um prazeroso debate filosófico e gramatical entre mim e os professores Romeu Agostinho e Fernando Ostroswky. Muitas vezes é difícil estabelecer o limite entre um paradoxo e uma antítese, a depender do modo como a questão está formulada. Mas o bom da vida é a experiência da dúvida, fator que dá início ao saber.
Em suma, pode-se dizer que, aos candidatos que passaram por um treinamento com rigor e seriedade, a prova não surpreende. Não raro, o preparo proposto por todos nós, docentes desta ilustre casa, casa que já faz parte da história das Forças Armadas do Brasil, já que, ao longo de quase sete décadas, por cá passaram milhares de jovens em busca da vida bélica, jovens que hoje pertencem à instituição militar brasileira como oficiais. Não raro, o preparo proposto pelos docentes daqui excede àquilo que já está previsto no edital e nas provas anteriores. Ser aluno nesta casa é muito mais que uma preparação técnica: é uma experiência humana, de ética. O saber inútil é sem dúvida de muita utilidade. A maior utilidade humana, independentemente de paradoxos e antíteses.
Prof. Marcus
São Paulo, 04 de julho de 2021.
Inglês: